Há muito tempo, em um vale ensolarado, viviam três porquinhos irmãos: Pipo, Léo e Beto. Eles eram porquinhos alegres e brincalhões, mas também sabiam que precisavam se preparar para o futuro. Então, decidiram que era hora de cada um construir sua própria casa.
Pipo, o mais jovem dos porquinhos, era um pouco preguiçoso e impaciente. Ele queria terminar rapidamente para poder brincar e se divertir. Então, decidiu construir uma casa de palha. Com alguns galhos e muita pressa, Pipo terminou sua casinha em pouco tempo. Apesar de ser simples, ele estava satisfeito e correu para brincar.
Léo, o porquinho do meio, também não gostava muito de trabalhar. Ele viu que Pipo terminou sua casa rápido, então decidiu construir uma casa de madeira. Embora exigisse mais esforço do que a casa de palha, Léo não se dedicou tanto quanto deveria. Ele usou tábuas e pregos para montar sua casinha e logo se juntou ao Pipo para brincar.
Por outro lado, Beto, o porquinho mais velho, era trabalhador e pensativo. Ele sabia que se quisesse uma casa que durasse e fosse um lar seguro, precisaria investir tempo e esforço nisso. Então, Beto decidiu construir uma casa de tijolos. Ele escolheu cada tijolo cuidadosamente, misturou argamassa e começou a construção.
Enquanto Beto trabalhava duro, Pipo e Léo brincavam despreocupadamente. Eles riam, pulavam e se divertiam, sem perceber o tempo passar. Os dias se transformaram em semanas, e Beto continuava a erguer sua casa de tijolos com paciência e dedicação.
Um dia, um lobo grande e mal apareceu no vale. Ele viu as casas dos porquinhos e sentiu um cheiro delicioso de porquinhos. Seus olhos brilharam de ganância. Primeiro, ele foi até a casa de palha de Pipo. O lobo se aproximou da casa e disse com uma voz suave e maliciosa: “Porquinho, porquinho, deixe-me entrar.”
Pipo, um pouco assustado, olhou para sua frágil casinha de palha e disse com medo: “Não, não deixarei você entrar!” O lobo então disse: “Então eu vou soprar e soprar e sua casa eu vou derrubar!” E, com um sopro poderoso, a casa de palha foi ao chão. Pipo correu para a casa de Léo em busca de ajuda.
O lobo, faminto e determinado, foi até a casa de madeira de Léo. Ele se aproximou e disse com um sorriso astuto: “Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar.” Léo e Pipo, agora bastante assustados, olharam para sua casa de madeira que não era tão resistente quanto imaginavam e responderam em coro: “Não, não deixaremos você entrar!”
O lobo, sabendo que precisava ser astuto, disse: “Então eu vou soprar e soprar e sua casa eu vou derrubar!” E, com um sopro poderoso, a casa de madeira também desmoronou. Os porquinhos, agora em pânico, correram o mais rápido que puderam para a casa de tijolos de Beto, que estava pronta e segura.
O lobo, furioso e faminto, não desistiu. Ele seguiu os porquinhos até a casa de tijolos. Ele tentou a mesma tática novamente, exigindo entrar, mas os porquinhos, dentro de sua sólida casa de tijolos, se recusaram a abrir a porta. O lobo, enfurecido, tomou fôlego e soprou com toda sua força, mas a casa de tijolos não se mexeu. Ele soprou novamente e novamente, mas a casa era muito forte e resistiu.
Exausto, frustrado e derrotado, o lobo decidiu usar a astúcia para entrar na casa. Ele subiu pelo telhado e tentou entrar pela chaminé. No entanto, Beto, o porquinho mais velho, havia previsto essa possibilidade. Ele acendeu uma fogueira sob a chaminé, e quando o lobo desceu, caiu direto na fogueira e saiu correndo, nunca mais voltando ao vale.
Os porquinhos, aliviados e agradecidos por sua casa de tijolos ter resistido ao ataque do lobo, abraçaram Beto com gratidão. Eles perceberam que a paciência, o trabalho árduo e a perseverança do irmão mais velho haviam salvado suas vidas. A partir desse dia, os três porquinhos entenderam a importância de se preparar para o futuro e trabalhar com dedicação.
Com o tempo, os porquinhos decidiram fortalecer ainda mais sua casa de tijolos. Eles construíram uma cerca ao redor dela para protegê-la de possíveis ameaças. Além disso, cultivaram um lindo jardim onde plantaram frutas e legumes para se sustentar. A casa de tijolos se tornou um lar seguro, acolhedor e autossustentável.
Os porquinhos também estenderam sua generosidade aos outros animais do vale. Eles compartilhavam suas colheitas e ajudavam os animais necessitados. Os porquinhos tornaram-se conhecidos por sua bondade e solidariedade, e o vale se tornou um lugar harmonioso e cheio de amizade.