Era uma vez, em uma aldeia à beira de uma grande floresta, viviam dois irmãos de coração bondoso chamados João e Maria. Eles moravam em uma casa humilde com seus pais, que eram lenhadores. A família não tinha muitas posses, mas compartilhavam muito amor.
Um dia, enquanto brincavam de explorar a floresta, os irmãos se aventuraram um pouco mais do que o habitual. A floresta era densa e cheia de sombras e, antes que percebessem, eles estavam completamente perdidos. Olhavam ao redor, mas tudo o que viam eram árvores altas e o céu se fechando, anunciando a chegada da noite.
Porém, João era muito astuto. Antes de deixarem a casa, ele tinha enchido os bolsos de pequenas pedrinhas brilhantes. Enquanto caminhavam, ele jogava as pedrinhas, deixando um rastro que brilhava sob a luz da lua.
De repente, eles chegaram a uma clareira e se depararam com algo que parecia saído de um sonho. Uma casa como nunca haviam visto antes. Não era feita de tijolos, madeira ou palha, mas sim de doces deliciosos! As paredes eram de biscoito, janelas de açúcar vitrificado e o telhado coberto de barras de chocolate. Havia doces de todos os tipos espalhados pelo jardim.
Com os estômagos roncando de fome e os olhos brilhando de fascinação, João e Maria começaram a comer a casa. Mas eles não sabiam que essa casa pertencia a uma velha bruxa malvada, que a usava para atrair crianças desavisadas.
Quando a bruxa percebeu a presença de João e Maria, ela os convidou para entrar. Dentro da casa, havia ainda mais doces, mas os irmãos se sentiam desconfortáveis. Eles perceberam que algo estava errado quando a bruxa tentou trancá-los dentro da casa.
No entanto, eles não se desesperaram. João, com sua astúcia, encontrou um grande pote de mel na cozinha da bruxa e derramou todo o conteúdo no chão. Quando a bruxa voltou, ela escorregou no mel e caiu, permitindo que João e Maria escapassem.
Os irmãos correram pela floresta, seguindo o brilho das pedrinhas que João tinha espalhado. Cada pedrinha parecia brilhar como um pequeno farol, guiando-os de volta para casa. Eles correram o mais rápido que podiam, até que finalmente reconheceram a trilha familiar que levava à sua casa.
Ao chegarem em casa, foram recebidos com alegria e alívio por seus pais. Eles contaram sua aventura incrível e a lição valiosa que aprenderam. A partir daquele dia, João e Maria nunca mais se aventuraram muito longe de casa sem a companhia de seus pais, e sempre se lembravam de que nem tudo que brilha é ouro – ou neste caso, delicioso!
E assim, eles viveram felizes e seguros, sempre se lembrando de sua aventura na floresta e na casa de doces.